Santo Inácio de Antioquia

S. Inácio sucedeu ao apóstolo S. Pedro no governo da comunidade cristã de Antioquia. Nos inícios do século II, foi conduzido a Roma para ser condenado às feras. Enquanto ia a caminho do martírio, S. Inácio escreveu sete cartas às diversas igrejas do seu tempo. São cartas escritas com sangue, verdadeiros pedaços de vida, com o grito ardente de um místico que anseia pelo martírio. Estas cartas, cuja autenticidade é admitida pela maioria dos estudiosos, com sólidos argumentos, conservam rasgos vivos e luminosos de uma das maiores personalidades dos primeiros séculos da Igreja. (Fonte: www.dehonianos.org)

Santa Margarida Maria Alacoque

Santa Margaria Maria Alacoque nasceu em Autún, França, no ano de 1647. Entrou no mosteiro da Visitação, em Paray-le-Monial, quando tinha 27 anos de idade. Na capela desse mosteiro teve revelações do Sagrado Coração de Jesus, recebendo a missão de divulgar a devoção ao mesmo Sagrado Coração, com o apoio e a ajuda de S. Cláudio de La Colombière. Faleceu em 1690, sendo canonizada por Bento XV, em 1920. S. Margarida Maria é um dos padroeiros da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, Dehonianos. (Fonte: www.dehonianos.org)

X Domingo do Tempo Comum do Ano B

Quem está por Ti, quem está contra Ti?

Diante de Ti, Senhor,

não podemos caminhar numa linha imaginária que,

ora nos faz pender à esquerda, ora à direita.

Os teus familiares e conhecidos queriam pôr-te na linha,

mas Tu és radicalidade, és liberdade.

Como eles, por vezes eu também quero tornar brandas,

inconsequentes para a vida, as palavras de fogo

que saem da tua boca de profeta.

Na caminhada da fé, cada um é livre de optar:

ou ficar pelos dispersos e superficiais caminhos da vida,

-o que acontece quando rejeitamos as propostas de Deus-

e preferimos caminhos de egoísmo,

de orgulho e de autossuficiência…

Ou, então permanecer na única família “dos de Cristo”?

Quantos respondem verdadeiramente, Senhor, ao teu convite:

«quem quiser fazer a vontade de Deus»?

Viver à margem de Deus leva, inevitalmente,

a trilhar caminhos de sofrimento, de destruição , de infelicidade e de morte.

Viver só faz sentido na certeza da ressurreição,

na caminhada de vida interior

que se renova dia a dia em perspetiva da eternidade.

Ajuda-me, Senhor, a ser dócil ao Espírito que habita em mim! Amen.

IV Domingo do Tempo Pascal - 13 de Maio

Todo nós trazemos dentro de nós, Jesus,

Uma grande necessidade de amor:

A necessidade  de sentir-se acolhido como somos,

Indefesos e frágeis;

A necessidade de perder-nos num abraço de ternura

Quando estivemos longe de casa

Por muito tempo;

A necessidade ser acompanhados com estima e simpatia,

Sobretudo quando caminhamos

Sobre o cumes perigosos da existência.

Só Tu, Senhor, podes colmatar esta sede

Que brota de toda a fibra do corpo e da alma.

Todos trazemos dentro de nós, ó Jesus,

Uma grande necessidade de Amor:

Necessidade de uma afeto verdadeiro,

Oferecido sem medida

De modo desinteressado,

Necessidade duma fidelidade a toda a prova.

Só Tu, Senhor, és capaz de assegurar-nos tudo isto.

Tu não nos tratas como servos,

Não nos reduzes ao nível de executores.

Mas chamas-nos amigos

Porque nos revelastes o projeto do Pai

E nos chamas a colaborar com a nossa fantasia,

Com a nossa inteligência, com os nossos recursos

Que colocaste em cada um de nós.

Mostra-nos sempre o teu Amor, Senhor,

E seremos salvos. Amen

Quarta-feira da V Semana do Tempo Pascal

TU ES A VIDEIRA

Senhor, contigo estamos seguros.

A seiva que nos percorre é forte e pura,

não temos medo de nada, pois estamos contigo.

És Tu quem potencia a nossa vida,

és a energia que brota do nosso seio,

o impulso que reaviva a nossa história.

Se estamos unidos a Ti, Pai,

estas dúvidas não têm sentido,

não compreendo como me desvio tanto,

ou porque confundo os meus valores,

ou como é possível que aja sem amor,

pois se és Tu quem me guia e alimenta.

Tu és a videira, eu sou a vide.

Por vezes, mirro e perco a força,

mas Tu estás sempre aqui, por dentro de mim,

renovando os meus sonhos, enviando-me em missão,

trabalhando ao meu lado nesta tarefa

de construir o mundo à Tua imagem.

Sou um rebento seco, sinto-o bem,

pois se estivesse mais agarrado a Ti,

mais unido por dentro, não me perderia em disparates,

não faria mal a ninguém, não estaria triste,

não procuraria coisas para calar a minha ansiedade,

deixaria tão-somente

que por mim circulasse a Tua seiva.

Senhor, Tu que és a cepa e és o mais forte,

agarra-me a Ti com força,

faz-me dar frutos doces e sumarentos,

conserva-me aberto e disponível,

não deixes secar os meus ramos mais débeis

nem permitas que se endureça o meu coração,

Tu, que conheces as minhas dores e os meus receios.

V Domingo do Tempo Pascal - Dia da Mãe

A Mãe
que hoje celebramos,
é e continuará a ser sempre lembrada:
Primeiro como ninho,
casa, leite e colo,
sorrisos, beijos e cheiros,
ombros e braços, fortes e seguros,
mãos que afagam, alimentam, lavam, vestem e protegem,
voz que fala, canta e enacnta, acalma e adormece,
passos rápidos, sempre em roda viva...
Depois, como cordão
de novo quebrado,
à entrada da escola,
coração apertado, que se alegra ou entristece,
com os primeiros sucessos e dores de cada filho...
Passa o tempo e eles ou elas crescem,
e, um dia, ultrapassam mesmo,
em estatura, graça e saber,
a Mãe,
que parece, agora, cada vez mais pequena,
cansada, enrugada e envelhecida...
Mas ela continua lá atrás,
de sorriso aberto...
E ainda é conselho, atenção e carinho,
mais calada, sim, seca, talvez,
e com alguma lágrima furtiva...
Ela "tudo crê, tudo espera, tudo perdoa!",
mas espia e prescruta sinais e sonhos,
alegrias, medos e dores,
em cada filho ou filha,
mesmo quando já ganharam asas e deixaram o ninho...
partindo à aventura da vida!...

Sexta-Feira da IV Semana do Tempo Pascal

I-Jesus, eu sei que Tu és o Caminho…, mas apontam-me tantos outros caminhos apetecíveis, enganosos e, nem sempre recuso enveredar por eles. Perdão, Senhor.

II-Senhor, eu sei que Tu és a Verdade… mas tantas vezes me deixo convencer por aparências de verdade as quais me ofuscam o teu rosto. Perdão, Jesus.

I-Jesus, eu sei que Tu és a Vida…, porém emaranho-me em tantos esquemas de morte e destruição de mim mesmo e do meu próximo. Perdão, Senhor.

II-Jesus, sei que é perdoando que se é perdoado… olha como sou um triste quando me fecho à Tua misericórdia e não consigo perdoara mim próprio e aos outros. Perdão, Jesus.

I-Jesus, eu sei que é dando que se recebe, as sou tão egoísta porque não quero dar-Te sequer um pouco do meu tempo para nos encontrarmos na Eucaristia preferindo ficar cómodo no meu mundo.

II-Perdão, Senhor. Senhor, também sei que devo testemunhar-Te com a vida que levo para que os irmãos Te vejam… acontece que sou, muitas vezes, uma imagem desfocada da pessoa extraordinária que és Tu. Perdão, Jesus.

I-Jesus, eu sei que sou pecador, tenho “pés de barro”, mas sei também que contigo a meu lado serei, cada dia, um pouco melhor e contribuirei para a instauração do Teu Reino sobre a «face da Terra» dando o meu «sim» ao teu chamamento. «Fica connosco Senhor!» 

Quinta-Feira da IV Semana do Tempo Pascal

Deus de infinita bondade,

que nos destes a Mãe do vosso Filho como nossa Mãe, 

concedei-nos que, seguindo os seus ensinamentos 

e com espírito de verdadeira penitência e oração, 

trabalhemos generosamente pela salvação do mundo 

e pela dilatação do reino de Cristo. 

Que a exemplo de vossa Mãe, Maria Santíssima,

Sejamos capazes de responder sim

Em cada momento da nossa vida

E estejamos sempre disponíveis para servir os outros.

Quarta-Feira da IV Semana do Tempo Pascal

Oração do compromisso

Cristo não em mãos,

tem apenas as nossas mãos pra fazer o seu trabalho de hoje.

Senhor, eis as minhas mãos para apartar as mãos de quem é diferente

e para com elas servir os pobres e os abandonados.

Cristo não tem pés,

tem apenas os nossos pés para guiar as pessoas pelo caminho do bem.

Senhor, eis os meus pés para ir ao encontro de quem vive na solidão

e para seguir sempre pelos caminhos da justiça e da paz.

Cristo não tem lábios,

tem apenas os nossos lábios para falar de Si aos homens de hoje.

Senhor, eis os meus lábios para ter palavras de compreensão e ternura

e para com eles falar dessa Boa Nova capaz de dar uma esperança sem fim.

Cristo não tem meios,

tem apenas a nossa ajuda para conduzir as pessoas para Si.

Senhor, eis a minha inteligência, o meu coração e todo o meu corpo,

para colaborar com quantos trabalham por um mundo mais saudável e mais feliz.

Cristo não tem coração,

tem apenas o nosso coração para amar a todos, especialmente os mais pobres e indefesos.

Senhor, eis o nosso coração para amar sem fronteiras nem limites,

mostrando ao mundo que a felicidade que todos procuram se encontra na força do amor.

S. José Operário

Ó S. José,
que, trabalhando com Jesus,
aproximastes o trabalho humano do mistério da Redenção,
vinde em auxílio de todos quantos se afadigam
nas mais diversas profissões.
Ajudai-nos a compreender
que o trabalho é um bem para quem o faz,
pois, em certo sentido, nos torna mais homens,
mais imagem e semelhança de Deus,
e é um bem para quem dele beneficia.
Ajudai-nos a conhecer e a assimilar os seus conteúdos,
para ajudar todos os homens
a aproximarem-se mais de Deus, criador e redentor,
a participarem nos seus planos de salvação do homem e do mundo,
e aprofundarem a própria amizade com Cristo. Ámen.

IV Domingo do Tempo Pascal

Salmo do Silêncio

Aqui estou, Senhor, como grão de areia no deserto,

 descalço à tua espera.

Aqui estou, Senhor, de coração aberto, à escuta,

procurando paz na tua resposta.

Aqui estou, Senhor, como o coração da Virgem Maria, janela aberta,

 de par em par para que o sol do teu ser se torne fecundo

e penetre o meu lar com a tua presença.

Quero estar contigo, sentado, a teus pés, sem pensar,

nem procurar, sensível ao que me advém.

Quero estar gratuitamente contigo, aqui e agora,

atento à tua palavra, totalmente presente nela.

Quero unificar o meu ser com o teu,

a minha vida com a tua, Senhor da aurora.

Tu és, Jesus, a última palavra

acolhida no silêncio de uma dura experiência.

Tu és, Jesus, Boa Nova, que alegra o coração

Tu és, como o silêncio das noites frias

que gota a gota empapa a terra ressequida.

Jesus, quero unificar o meu ser de homem.

Quero ser pessoa. «Ser» e não «Ter». Ser na tua pureza

Quero abandonar o ruído que me atordoa e escraviza.

Quero cortar as amarras que cercam a minha liberdade.

Quero quebrar, rasgar, forçar, abrir cadeias.

Quero que ponhas o teu coração terno no pó

e no nada da minha pobreza.

Quero conhecer, saborear a tua misericórdia

para adoçar o meu coração de pedra.

Quero que a luz do teu evangelho ilumine o meu ser

e o arranque da noite cega.

Dá-me, Senhor, o autodomínio, o controlo

e a vigilância pois desejo ser servidor do Teu reino.

Quero ser livre e ainda me sinto manipulado.

Aqui estou, Senhor, na tua presença, para que a tua palavra

me ilumine e me faça regressar às origens,

ao paraíso e assim possa descobrir o silêncio fecundo

do teu misterioso amor por mim.

Quinta-Feira da III Semana do Tempo Pascal - Semana de oração pelas vocações

Senhor da messe e pastor do rebanho,
 faz ressoar em nossos ouvidos
o teu forte e suave convite: "Vem e segue-me"!
Derrama sobre nós o teu Espírito:
que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho
e generosidade para seguir a tua voz.
Senhor, que a messe não se perca por falta de operários.
Desperta as nossas comunidades para a missão.
Ensina a nossa vida a ser serviço.
Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino,
na vida consagrada e religiosa.
Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores.
Sustenta a fidelidade dos nossos bispos,
padres e ministros.
Dá perseverança aos nossos seminaristas.
Desperta o coração dos nossos jovens
para o ministério da tua Igreja.
Senhor da messe e pastor do rebanho,
chama-nos para o serviço do Teu povo.
Maria, mãe da Igreja,
modelo dos servidores do Evangelho,
ajuda-nos a responder "sim"`
Ámen.

Quarta-Feira da III Semana do Tempo Pascal

Deus é amor.

O Amor é mais forte do que a morte 

Acredito que Hoje, Aqui e Agora, 

Tu estás vivo, Jesus.

Jesus, Tu estás Vivo!

Tu amaste até ao fim numa entrega

Absoluta de Ti mesmo,

Numa obediência pura e sem tréguas.

O Teu amor sem limites venceu a morte 

e deu-nos a vida sem fim...

Concede-me a graça de ser fiel à Tua vontade,

ao Teu Mandamento de Amor absoluto;

Concede-me a liberdade suprema de amar até ao fim,

a humildade para Te obedecer em tudo.

Terça-Feira da III Semana do Tempo Pascal

Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação;
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.

Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Em Vós, Senhor, ponho a minha confiança:
hei-de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia.

Fazei brilhar sobre mim a vossa face,
salvai-me pela vossa bondade.
Como é grande, Senhor, a vossa bondade,
que tendes reservada para os que Vos temem.

(Do Salmo 30)

Segunda-Feira da III Semana do Tempo Pascal

Senhor, quero, neste instante, fazer-me
silêncio para apenas a Tua voz ecoar no meu ser.
Quero que cada batida do meu coração
seja um grito de louvor a Ti, uma prece de
agradecimento pelo Teu Infinito Amor por mim.
Eu Te amo, meu Senhor e meu Deus.
Dai-me a graça de sentir em meu coração,
a grandiosidade do Teu Amor
e a força da Tua Palavra que acalenta.

Conduz-me pelas sendas do bem,
da verdade e da justiça.
Quero fazer-me dócil à acção do Espírito
Santo para que seja capaz de olhar para
dentro de mim mesmo,
perceber as minhas falhas e renovar-me.
Quero em cada dia, amar-te mais,
vivendo tudo o que me ensinastes.
Obrigado, meu Senhor e meu Deus!

Sexta-Feira da II Semana do Tempo Pascal

Sou como sou
Para ser feliz eu tenho um plano de amor
Mas alguém me diz que eu devo dar e eu dou
Eu tenho um amigo que sempre me amou
É Cristo meu Deus que para amar me criou
A Sua Palavra deu a base da Fé
Ao Homem deu tudo, a própria vida até
E diz que é preciso a nossa transformação
E que a paz no mundo
Escuta bem meu irmão
Nem tudo é tristeza
Tens um mundo inteiro cheio de cor
Só necessita que saibas espalhar o amor
Tristezas são o que são
Mas são tela em branco
Tens as tintas e os pincéis na mão
Para pintares nesta vida um quadro melhor
Não sei se estou
No caminho recto que o Senhor me indicou
Por diversas vezes já o mal me tentou
E foram bastantes aquelas que ganhou
Vantagem segura sobre aquilo que sou
Um Cristão no mundo que afirma amar
Mas que testemunha outras formas de estar
Mais pobre que seja eu tenho algo p’ra dar
Não devo negar

Quinta-Feira da II Semana do Tempo Pascal

Obrigado, Senhor, por todos os teus dons. 

Obrigado porque perdoas os meus pecados.

Mesmo quando me esqueço de Ti, continuas a perdoar-me.

Facilmente me esqueço da alegria que o Teu perdão me traz.

Facilmente me esqueço que o Teu perdão me faz reconciliar contigo e com os irmãos.

Ajuda-me a falar a todos da Tua salvação.

Ajuda-me a dar testemunho da Tua Boa Nova.

Quero ser arauto do Teu amor.

Quarta-Feira da II Semana do Tempo Pascal

Eis o grande dia de Festa!
Escutai com todo o vosso coração!
Do outro lado da morte, Jesus chama à vida!

Vós que estais mergulhados na tristeza,
por causa de pessoas que já partiram,
vinde viver a esperança!

Vós que estais prisioneiros do desespero e
do medo por causa de sofrimentos tão pesados,
Jesus Cristo chama-vos à vida!

Vós que estais fechados na mentira, ~
mascarados com esses rostos enganadores,
Jesus chama-vos a viver a verdade.

Vós que estais prisioneiros do ódio,
Jesus Cristo chama-vos ao acolhimento:
vinde viver a bondade!

Vós que dais a mão ao egoísmo e à dureza,
vós que passais sem compaixão junto de um pobre,
Jesus Cristo chama-vos à solidariedade:
vinde viver no seu amor!

Vós todos que sois prisioneiros do pecado:
vinde, saí da prisão que vos escraviza!
Jesus Cristo ressuscitado espera-vos!

Ressuscitai com o Senhor na Páscoa,
Abri o coração e escutai o seu apelo!
Com ele, a partir de hoje,
deixai a morte e passai à vida!

Terça-Feira da II Semana do Tempo Pascal

Segunda-Feira da II Semana do Tempo Pascal

Cristo entra na casa dos pobres 

e de todos os que vivem sobre a face da terra,

a fim de que todos possam ver no meio deles

a presença real de Deus.

Cristo sacia os famintos de justiça 

e todos os que têm sede de uma vida digna,

a fim de que todos possam saborear

a partilha real da vida de Deus.

Cristo abre os braços aos doentes

e a todos os que vivem presos na solidão

e esmagados pelo sofrimento, 

a fim de que todos possam sentir

a compaixão de Deus.

Cristo desce às moradas dos mortos 

e liberta-os da escuridão,

a fim de que todos possam entrar

na vida real de Deus.

Com Cristo, surgiu um mundo novo

onde nada mais conta que o irmão a salvar!

II Domingo do Tempo Pascal

A profissão de fé de Tomé

Rasga hoje, Jesus, os nossos silêncios,

Dissolve as nossa dúvidas,

Vence as nossas últimas resistências,

E projeta-nos no mundo da fé,

Com um empurrão cheio de amor.

Não é fácil, nem imediato,

Crer na tua ressurreição,

Sobretudo depois de ter vivido em primeira pessoa

Os acontecimentos dolorosos da tua paixão e morte.

E, no entanto, Tu nos pegas pela mão

Como fizeste com Tomé.

Oferece-nos a tua presença, regalas-nos o dom da Tua paz,

Insuflas na nossa existência

O sopro do Teu Espírito,

Que abre horizontes novos

De compaixão e misericórdia.

Tu nos mostras os sinais indeléveis do teu sofrimento,

Mas também os do teu amor desmesurado.

E convidas-nos a abandonar-nos sem reticências

À tua graça regeneradora.

É precisamente agora que sentimos necessidade

De dizer-te com simplicidade o quanto és importante para nós:

Às tuas mãos confiamos a nossa vida

Para que nos conduzas à plenitude

E à alegria da eternidade.

Amen.

IV Domingo da Quaresma

 

Escrevi o meu nome na areia, mas o vento pouco depois apagou-o. Escrevi os meus sonhos sobre a água do lago,

mas dissolveram-se no nada.

Escrevi os meus pensamentos num livro,

mas este, rapidamente, veio a acabar no fogo.

Deixei a minha foto num túmulo,

mas tenho a certeza que agora ninguém a recorda.

Há sempre dentro de mim, ó Senhor,

uma vontade inconformada de ficar eternizado.

Tu também um dia, Senhor, escreveste no pó da estrada,

mas ninguém pode ler a tua escrita,

uma vez que apagaste-a com desenvoltura.

Uma escrita, a tua, que nunca teve leitores.

Talvez aquilo que apagaste não é senão

um sacramento que abre e doa o teu mistério.

As nossas escritas são gatafunhos em papel branco.

A tua, por seu lado, é luz que ilumina,

é luz que afasta as trevas:

a tua é palavra criadora, é palavra de verdade;

uma verdade que se toca com as mãos,

que se vê com os olhos;

é palavra como um ventre de uma mãe

que gera, protege e alimenta o homem do amanhã.

Faz, ó Senhor, que a verdade luminosa que está em Ti,

me possua totalmente

até tornar luminoso também o meu rosto. Amen.

Quarta-Feira da III Semana da Quaresma - 14 de Março dia do Fundador

Dia do aniversário do nascimento do fundador da congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, o Padre Dehon.

Oração ao Bem Aventurado Padre Dehon
Senhor, Pai de bondade e de misericórdia, concedestes ao Bem-aventurado Padre Dehon, pelo Coração trespassado do vosso Filho, a graça de beber da fonte inesgotável do vosso amor misericordioso, e de ser para a Família Dehoniana luz e modelo de amor e reparação.
Dos nossos corações, das nossas comunidades, das nossas obras e famílias ergue-se para vós um canto de louvor e de agradecimento pelo dom da vida do Padre Dehon.
Enviai-nos o Espirito Santo para vivermos em solidariedade efetiva com os homens e as mulheres do nosso tempo, e sermos profetas do amor e servidores da reconciliação, a exemplo do Bem-aventurado Padre Dehon! A nossa vida pessoal e comunitária seja estímulado vocacional nos nossos dias, pois a messe é grande e os operários são poucos. Amén.

Segunda-Feira da III Semana da Quaresma

Youcat Nº64 – De que forma Deus criou o ser humano “homem e mulher“?

«Deus, que é o amor e o arquétipo da comunhão, criou o ser humano ”homem e mulher”, para que, em comunhão, fossem um retrato do Seu ser.»

Deus, que é comunhão no “Amor”, criou o homem e a mulher como sendo a comunhão desse mesmo Amor, em que duas coisas perfeitas, ao se juntarem têm o poder de criar algo ainda mais perfeito, à sua própria imagem, o Amor Incondicional.

Homem e mulher são assim “iões” (matéria instável) que se procuram um ao outro, e que quando se encontram sentem uma atração inquebrável um pelo outro, que os une e os leva à estabilidade, em que um oferece ao outro aquilo que o outro tinha em falta, não na sua totalidade, mas pondo-o em comum para os dois, formando assim uma ligação a que podemos chamar de “Amor” e que é o símbolo do matrimónio.

Deus criou o homem e mulher absolutamente com um mesmo direito de integração na sociedade. Apesar de com formas diferentes de se expressar, pois se assim não fosse, não faria sentido haver uma união em que se completavam um ao outro se fossem ambos iguais, seriamos então seres redundantes, em que cairíamos sempre nos mesmos obstáculos, e sempre a pensar em fazer as mesmas coisas. A perfeição alcança-se com modos diferentes de vida, em complementaridade, e não ensimesmados.

Deus, tendo criado o ser humano, homem e mulher os criou, à sua imagem e semelhança, e assim também ele se revela paterno e materno.

No amor, entre homem e mulher, e em que atinge o seu auge na comunhão matrimonial, em que os dois se tornam um só corpo, o ser humano é capaz de pressentir a felicidade da união com Deus, porque tendo Deus se manifestado na criação como sua imagem nos dois, assim quando os dois se tornam um só, estão a estabelecer uma relação que leva à pessoa que é Deus, ou seja, a definitiva totalidade.

Quando existe essa verdadeira união e alcançam a perfeição da união entre os dois seres de sexos opostos, estes têm um para com o outro um amor fiel, tal como é também o Amor de Deus por nós.

Tem como ponto mais alto da criação de duas pessoas “homem e mulher” e sua junção, formando uma perfeição mais próxima de Deus, o renascer de uma nova vida, o sinal vivo de Deus na terra.

Reflexão de Micael Gomes, Seminarista do Instituto Missionário)

III Domingo da Quaresma

 

O meu peregrinar em direção à Páscoa já começou.

Fiz tantos propósitos: renunciarei a certas coisas,

terei tento na língua, serei paciente,

verei as coisas pelo lado positivo...

E eis que já começaram os problemas,

as dificuldades, o cansaço,

a tentação de deixar andar,

de adiar para o dia de amanhã,

de fazer-me esquecido das minhas promessas.

Ainda agora pus-me a caminho, Senhor,

e já me sinto tão cansado.

Ainda agora pus-me a caminho, Senhor,

e não tenho a certeza se chegarei ao fim.

Sinto vergonha, e um pouco de raiva,

pensei que o caminho para a Páscoa

significava simplesmente alguns empenhos e renúncias,

E uma série de sacrifícios e orações.

Talvez nesta quaresma devia somente

abandonar-me a Ti, deixar-me levar por Ti, como sou:

frágil, incapaz, limitado, pecador.

Abandonar-me a Ti, porque

Tu, Senhor, és o caminho que eu percorro

Tu, Senhor, és a mão que me guia

És o olhar que me faz compreender os outros

És a boca quando de Ti dou testemunho

És os ouvidos que escutam as palavras não ditas

És a estrada desta quaresma

que leva de encontro a Ti,

que leva de encontro aos outro.

Amen.